Casas ficam 17% mais caras no 2º trimestre

No segundo trimestre deste ano, os preços da habitação aceleraram para uma variação homóloga de 17,2%, mostra o índice IPHab, do Instituto Nacional de Estatística, cujos números mais recentes foram agora publicados.

Neste período, o crescimento dos preços das casas usadas foi superior ao da construção nova, fixando-se em 18,3% e 14,5%, respetivamente.

Por outro lado, a variação em cadeia do IPHab foi de 4,7%, semelhante à do trimestre anterior. Neste caso, a subida dos preços das habitações existentes foi de 5,1% e de3,8% no caso das habitações novas.

Neste 2º trimestre, a taxa de variação média anual do IPHab foi de 13,8%, mais 2,4 pontos percentuais que no trimestre anterior, um novo máximo da série disponível, segundo o INE. As habitações existentes apresentaram uma taxa de variação de 14,6%, superior em 2,5 pontos percentuais ao registo do trimestre anterior. Nas habitações novas, observou-se igualmente uma aceleração dos preços, com o crescimento a fixar-se em 11,7% (9,7% no 1.º trimestre de 2025).

Entre abril e junho, foram transacionadas 42.889 habitações no país, mais 15,5% que em igual período do ano passado e mais 3,7% que no trimestre anterior. A variação foi de 4,8% no caso das habitações usadas, e de -0,6% na construção nova.

O valor das habitações transacionadas atingiu os 10.300 milhões de euros, mais 30,4% que no ano passado. O volume das transações das casas usadas aumentou 33,6% (7.600 milhões de euros), e 22% no caso das habitações novas (2.600 milhões de euros). O valor das transações de habitação subiu 6,8% face ao trimestre anterior, em que se tinha registado uma descida de -5,5% na comparação com o trimestre precedente.

Só as famílias transacionaram 37.699 casas (87,9% do total), num volume de 8.900 milhões de euros (87%). Os compradores com domicílio fiscal fora do território nacional adquiriram 2.107 alojamentos (4,9%), uma redução homóloga de 14,5%.

Norte lidera transações, Lisboa o montante

De acordo com o INE, neste 2º trimestre o Norte registou 12.955 transações, o maior número de vendas do país, representando 30,2% do total nacional, e mais 0,6 pontos percentuais que no ano passado. Estas transações perfazem um volume de negócios de 2.700 milhões de euros, 26,1% do total nacional.

A Grande Lisboa registou o segundo montante mais expressivo do número de transações e, simultaneamente, um aumento na quota relativa de 0,2 pontos percentuais, com 8.189 vendas, correspondentes a um peso relativo regional de 10,1%. No total, foram transacionados mais de 3.000 milhões de euros nesta região, ultrapassando esta fasquia pelo terceiro trimestre consecutivo.

Norte, Península de Setúbal e Centro registaram crescimentos acima da média nacional no que diz respeito ao número e valor das transações de alojamentos, face a igual período do ano passado, com aumentos de 17,8%, 16,3% e 16,1% no número de transações e de 39,4%, 34,3% e 30,6% em valor, respetivamente.