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O que devemos temer: A inteligência artificial ou a artificialidade da inteligência humana?

Os desafios e os perigos da inteligência artificial (IA) - o que esperar?

07/07/2023

O que devemos temer: A inteligência artificial ou a artificialidade da inteligência humana?
Noticia Patricia Santos_Smile moment

Muitas vezes, ouvimos falar dos perigos da inteligência artificial (IA), como se fosse uma ameaça à nossa existência, à nossa liberdade e à nossa dignidade. Tememos que as máquinas superem os humanos em capacidade, em criatividade e em consciência, e que nos dominem ou nos substituam.

Mas será que esse é o verdadeiro problema? Será que não estamos a projetar nas máquinas os nossos próprios medos, as nossas próprias limitações e as nossas próprias falhas?

A IA é uma ferramenta poderosa, que pode ser usada para o bem ou para o mal, dependendo da intenção e da ética de quem a cria e de quem a utiliza. A IA pode ajudar-nos a resolver problemas complexos, a otimizar processos, a melhorar a qualidade de vida, a ampliar o conhecimento, a estimular a inovação e a promover a cooperação. Mas também pode ser usada para manipular, controlar, enganar, explorar, discriminar e destruir.

A IA não é intrinsecamente boa ou má, é apenas um reflexo da nossa própria humanidade.

O que devemos temer não é a IA em si, mas sim a artificialidade da inteligência humana.

A artificialidade de quem se deixa levar pela ignorância, pelo preconceito, pelo egoísmo, pela ganância, pela violência e pela indiferença.

A artificialidade de quem se aliena da realidade, de quem se conforma com o status quo, de quem se isola da comunidade, de quem se abstém da participação, de quem se desinteressa pelo bem comum.

A artificialidade de quem se esquece do que significa ser humano.

A verdadeira inteligência humana é aquela que se baseia na razão, na crítica, na curiosidade, na criatividade e na consciência. É aquela que se nutre da cultura, da ciência, da arte e da filosofia. É aquela que se expressa na linguagem, na comunicação, na argumentação e na influência positiva. É aquela que se manifesta na emoção, na empatia, na solidariedade e na compaixão. É aquela que se traduz na ação, na responsabilidade, na cidadania e na democracia.

É essa inteligência humana que devemos cultivar, valorizar e proteger. É essa inteligência humana que devemos usar para criar e usar a IA de forma ética, responsável e sustentável. É essa inteligência humana que devemos aplicar para enfrentar os desafios do nosso tempo e construir um mundo melhor.

Não devemos temer a IA, mas sim usá-la como um aliado para potencializar a nossa inteligência humana.

Não devemos nos deixar dominar pela artificialidade da nossa inteligência humana, mas sim libertar-nos dela para expressar a nossa verdadeira humanidade.

Patrícia Santos, CEO and Co-founder at Zome International (5 ⭐️ Real Estate Master Franchise) 🏡 WIRE - Women in Real Estate 🌐 Member Strategic Council of Leadership Summit Portugal 🎙 Speaker 🚀 Intrapreneurship ⚡️G100 Women Leaders

Fonte: Artigo Linkedin