Opinião

Neuroarquitetura: como o design dos espaços impacta a saúde mental e física

08/10/2024

Neuroarquitetura: como o design dos espaços impacta a saúde mental e física

Teresa Ribeiro

IMOTA

Casas, escolas, escritórios ou hospitais. Teresa Ribeiro explica os benefícios da aplicação desta prática na construção ao idealista/news.

Passamos mais de 90% do tempo das nossas vidas dentro do interior de edifícios. Mas nem sempre (ou muito poucas vezes) a nossa saúde mental e física é tida em conta quando são projetados. Afinal, como seriam os espaços se fossem desenhados com base nas emoções e bem-estar? A neuroarquitetura foca-se nisso, estudando a forma como os ambientes influenciam os nossos processos mentais, desde o humor até à produtividade, e como esta abordagem pode revolucionar o modo de construir escolas, hospitais, escritórios e casas que, em última análise, que nos façam sentir bem. Teresa Ribeiro, arquiteta e especialista nesta prática, explica em entrevista ao idealista/news de que forma o design consciente promove a qualidade de vida.

Seja construir uma casa mais confortável e acolhedora, um escritório menos stressante, um hospital que facilita a recuperação dos seus doentes ou uma escola onde se pode aprender melhor. A neuroarquitetura, tal como explica Teresa Ribeiro, “cruza as várias áreas das ciências cognitivas e humanas com o design, a arquitetura e o urbanismo, para compreender a resposta do ser humano ao meio em que se insere”, desempenhando um “papel fundamental no campo da compreensão dos comportamentos humanos e de como estes podem ser canalizados para uma melhoria da vida da sociedade como um todo”.

Com mais de 20 anos de experiência em arquitetura habitacional, urbana e de reabilitação, a arquiteta direcionou o seu foco para a neuroarquitetura, acreditando que o desenho dos espaços pode e deve ser utilizado como ferramenta de saúde. “Os espaços afetam-nos todo o tempo, mesmo sem nos apercebermos”, garante.

Artigo original publicado no Idealista